Tuesday, January 30, 2007
A lógica econômica do iPhone - parte 1
1 - Qual a lógica econômica na parceria da Apple com a Cingular?
Apesar das empresas revelarem poucos detalhes sobre a parceria, pode-se confirmar algumas coisas. Cada cliente que comprar o iPhone deverá obrigatoriamente assinar um contrato de dois anos com a Cingular, independente de que empresa comprar o aparelho. Não é crível no momento a possibilidade da Cingular subsidiar o iPhone. Ao manter um preço alto, a Apple evitará um eventual desgate de imagem, como aconteceu com a Motorola há pouco tempo, quando reduziu o preço da linha RAZR em US$50 por ocasião da entrada dos produtos da nova linha premium KRAZR. A redução de preços foi feita com subsídios das operadoras mas a economia vista pelos cilentes na compra de um aparelho RAZR ocasionou perda de vendas da nova linha premium.
Em segundo lugar, a Apple não pode permitir o subsídio de aparelhos pela Cingular, pois isso canibalizaria as vendas do iPhone nas próprias lojas da Apple. Entretanto, é possível para a Cingular reduzir os custos totais do iPhone com a redução de taxas dos seus serviços e o oferecimento de desecontos em seus planos aos clientes do iPhone, independente de terem comprado o aparelho numa loja Cingular ou Apple.
A Cingular se beneficia dos assinantes adicionais e do "barulho" causado pelo aparelho. A Apple, por sua vez, se beneficia por ter à disposição a base da maior operadora dos Estados Unidos como mercado inicial para o telefone/iPod etc. Acredita-se que a Cingular adotará uma estratégia agressiva para novos clientes durante o lançamento do iPhone reduzindo as taxas e dando descontos em planos. É importante também salientar que a parceria com a Cingular evita que a Apple envolva-se em cobranças ou assinaturas de serviços "wireless".
A operadora também já confirmou que não há planos de divisão de receitas de clientes adicionais da loja da iTunes, que irão comprar músicas por ocasião da compra do aparelho. Também afirmou que o nome "Cingular" não aparecerá no aparelho, somente na tela ao lado do sinal. O ponto-chave para a Cingular nesta ação é a adição de clientes que podem vir a se tornar usuários importantes dos serviços de valor agregado que a operadora oferece.
2 - Quanto custa para mudar de operadoras (nota: valores para o mercado norte-americano)
Já que o iPhone será vendido somente para clientes da Cingular, os que usam outras operadoras terão que mudar para a Cingular para poder usar o telefone. Com algumas contas, dá para estimar o custo desta troca para o cliente. A média de duração de um contrato é de dois anos, o que significa que mais ou menos 25% dos contratos dos clientes das outras operadoras expirará nos proximos seis meses (entre janeiro e junho). A menos que os clientes esperem seus contratos expirarem, eles precisarão cancelar seus contratos por um valor entre US$175-US$200. As taxas de cancelamento para as maiores operadoras são: Sprint US$200, T-Mobile US$200, e Verizon US$175.
Além de cancelar o plano atual, os clientes precisarão assinar um plano de dados EDGE da Cingular (entre US$19.99-US$44.99) e pagar a taxa de ativação da Cingular(US$36). Mas acredita-se que a Cingular mitigará essa barreira à adoção oferecendo um plano mais barato para o iPhone.
No pior cenário, a troca poderia custar US$236 mais o custo do iPhone (US$499 ou US$599) mais o serviço mensal de voz e dados (o mais barato custa US$78). Neste caso, o custo total da troca ANTES DO CONTRATO COMEÇAR A VALER seria de mais ou menos US$736 para o modelo de 4GB ou US$836 para o de 8GB. Salgado, né? Mas os pesquisadores acreditam que a Cingular oferecerá descontos nos serviços para os clientes do iPhone com o objetivo de atrair o público.
No próximo post: "As empresas adotarão o iPhone?", e "o iPhone estará disponível para outras operadoras?"
Sony tem prejuízo com PlayStation 3
O preço do console PlayStation 3 foi fixado abaixo de seu custo de produção. Essa foi a forma que os executivos da Sony estabeleceram para convencer os investidores de que, com o tempo, abocanhariam market share dos competidores (Nintendo e Microsoft) e, assim, poderiam ganhar escala.
Mas o que acontece é que apesar disso os preços ainda são altos. O console só vem atraindo os nerds obcecados por tecnologia e assustando o usuário médio, que quer um bom console a um preço razoável. O Nintendo Wii custa a metade (US$ 249) do modelo mais barato da Sony e o XBox 360, da Microsoft, tem preço mínimo de US$ 299. São preços muito mais atraentes do que o preço do Play 3, apesar deste último apresentar melhores gráficos e capacidade de processamento. E isso sem falar dos padrões da nova geração de DVDs, que opõem Microsoft e Sony. O padrão que dominar certamente fará a oposição perder mais dinheiro.
O que fica da história é que nem sempre a última tecnologia e a forma mais avançada de processamento ganha o jogo no mercado. É tudo uma questão de valor percebido pelo cliente. E nesse caso, ao que parece, as pessoas não percebem o que terão de retorno adicional em termos de valor se gastarem muito mais no Play 3. A Sony pode entrar numa sinuca de bico se não conseguir baixar seu custo de produção e o preço do console.
Friday, January 26, 2007
Apple entre as cinco maiores marcas globais
Na seção norte-americana, Apple ficou em primeiro, seguida de YouTube, Google, Strabucks e Wikipedia.
A empresa entrevistou 3.625 pessoas, que responderam à pergunta: "Que marca proporcionou o maior impacto em nossas vidas em 2006?"
Curiosidade: a rede de tevê Al Jazeera ficou na décima-nona colocação no segmento norte-americano da pesquisa...
Thursday, January 25, 2007
'PAC não vai acelerar o crescimento'
Para quem acha que eu fico fazendo palhaçada, olhem a apresentação do PAC e guardem para daqui a quatro anos conversamos de novo.
Por Sergio Lamucci, jornal Valor Econômico, 25/01/2007
***********************
O ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros não poupa críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O pacote ignora, segundo ele, o grande entrave à expansão da economia brasileira a taxas mais altas: a carga tributária estratosférica, próxima a 40% do Produto Interno Bruto (PIB), e a irracionalidade do sistema de impostos. Para mudar esse quadro, seria indispensável cortar os gastos do governo, "para permitir que, junto com o crescimento do PIB, houvesse espaço para uma redução da carga tributária".
"Mas o PAC passa longe disso, e na verdade piora o quadro, na medida em que indexa duas contas de gastos de baixa eficiência (o salário mínimo, que corrige dois terços dos benefícios do INSS, e os vencimentos dos funcionários públicos) à inflação, mais um ganho real entre 1,5% e 3%", afirma o ex-ministro, para quem a indexação "é a medida mais perversa contida no pacote".
Segundo Mendonça de Barros, o problema é que isso leva a um aumento acima da inflação de parte importante dos gastos do governo, num momento em que o maior desafio para o país crescer mais rápido é reduzir as despesas públicas. Para ele, o PAC diminui o espaço para a queda da carga tributária, um obstáculo poderoso ao crescimento do Brasil, hoje "uma economia aberta, cada vez mais inserida num ambiente global altamente eficiente e competitivo".
O ex-ministro das Comunicações ressalta que o governo "transfere 40% da riqueza criada no setor privado para financiar seus gastos e transferências, com eficiência baixíssima". Com o programa, diz ele, o governo "vai continuar a transferir recursos do setor produtivo e dos trabalhadores de maior qualificação para financiar gastos e transferências mal focadas no objetivo de realmente reduzir a pobreza e acelerar o crescimento".
O resumo da ópera? A renda dos setores mais produtivos da sociedade vai seguir em queda, em favor de um "distributivismo de curto prazo", que diminui a produtividade da economia e compromete o futuro do país. "O que se está fazendo é aproveitar um choque mundial favorável para gastar: é a lógica do populismo, ainda que no nosso caso a percepção sobre isso ainda seja um pouco difusa."
Segundo ele, "há certa ortodoxia monetária, que engana muita gente e agrada alguns formadores de opinião, mas que na prática é apenas auxiliar no grande objetivo de não avançar em nada que seja realmente modernizante". Nesse cenário, o investimento não vai aumentar. "E, sem investimento, não cresceremos mais rapidamente."
Mendonça de Barros vê com descrença a possibilidade de o país crescer 4,5% neste ano e 5% a partir de 2008, como prevê o PAC. Para ele, o PIB deve avançar 3% neste ano - ou até menos, dependendo do comportamento da demanda externa, que, segundo ele, tem contribuído negativamente para o crescimento, pois as importações aumentam a um ritmo superior ao das exportações. Mendonça de Barros estima que, no quarto trimestre de 2006, o setor externo subtraiu 2 pontos percentuais do PIB, em termos anualizados.
E qual será o efeito do PAC sobre a economia? "A influência do pacote na aceleração do crescimento em 2007 e em 2008 será muito pequena, senão desprezível", diz ele, reiterando que o programa não ataca a questão da expansão das despesas correntes, cuja redução permitiria a queda da carga tributária. "O que sobra nele são alguns estímulos setoriais de baixo impacto sobre o crescimento."
Mendonça de Barros não vê grandes problemas na decisão do governo de elevar os recursos do Programa Piloto de Investimentos (PPI) em até 0,5% do PIB, o que pode reduzir o superávit primário (a economia do governo para pagar juros) de 4,25% para 3,75% do PIB. "Se a escolha dos investimentos for feita seguindo critérios de racionalidade econômica e não de interesses políticos e regionais, acho que a troca é favorável ao país. Mas de novo: não se atacam as questões principais de longo prazo."
O ex-ministro aponta o que avalia uma mistificação do pacote: considerar a arrecadação de impostos com base numa expansão da economia de 5% ao ano para garantir o superávit primário e a queda da relação entre a dívida pública e o PIB. "O governo parte do problema resolvido, que é exatamente como crescer 5% ao ano, para mostrar que essas medidas não vão aumentar os gastos do governo como proporção do PIB. Ou é uma incapacidade de raciocinar logicamente ou é muita cara de pau."
A estimativa de que o pacote compreende investimentos de R$ 503,9 bilhões ao longo de quatro anos é rechaçada pelo ex-ministro: "Esse número está superestimado, já que boa parte dos investimentos do setor público e do setor privado iria acontecer mesmo sem o tal do PAC." Ele reclama que não está identificado o volume adicional de inversões que será gerada pelo programa. "Por isso, esse número nada mais é do que uma mistificação, bem ao gosto do governo, para gerar um fato político. Há muito caldo e pouca carne nessa sopa."
Para Mendonça de Barros, as desonerações tributárias contidas no PAC, de R$ 6,6 bilhões para este ano, são muito pequenas. "Haverá algum estímulo setorial, o que na verdade até reforça as contradições. Deveria haver a perspectiva clara para a sociedade de um corte relevante e generalizado de impostos, principalmente dos mais nocivos, incidentes sobre o faturamento das empresas, as transações financeiras e a folha de salários. Mas o PAC não tem nem sombra disso", ataca ele, que considera um erro na situação atual promover desonerações tributárias para setores específicos. "É a economia como um todo que sofre com a carga tributária e o sistema irracional de impostos. O governo não tem competência para escolher os setores que deveriam ser beneficiados com a desoneração, ou mesmo os que teriam maior impacto sobre o crescimento."
Wednesday, January 24, 2007
Copom corta juros em 0,25 p.p.
Levando-se em conta o momento conjuntural da decisão (alguns dias após o anúncio, pelo governo, de um programa de crescimento), não há como concluir de maneira diferente: é evidente o sinal que o BC quer mandar para os agentes: está preocupado tanto com os efeitos sobre a economia real das diminuições anteriores do juro como com as características do tal do PAC.
Como se sabe, os efeitos de uma redução nos juros básicos levam alguns meses para atingir a economia real. Como o BC iniciou seus cortes no ano passado, teremos neste ano a maior parte dos efeitos destas reduções.
Com essa decisão, o BC também emite claros sinais de preocupação com o PAC. O programa é baseado em aumento dos gastos governamentais, em parte. E está calcado, entre outras variáveis, no corte mais agressivo das taxas de juros, como afirmou o Sr. Presidente da República. Ou seja: para o PAC funcionar, os juros devem cair mais; só que para os juros cairem mais, o país precisa investir > crescer. É o próprio cachorro correndo atrás do rabo.
Além disso, a teoria econômica nos ensina que para cada objetivo, um instrumento. Ou seja, para o controle inflacionário, o instrumento juros. Não se pode querer usar os juros (mesmo instrumento) para estimular crescimento (outro objetivo).
Por fim, acho engraçado o governo reclamar do conservadorismo do BC. Ao que parece, um auxiliar próximo do presidente comentou: “Com essa decisão, o Banco Central demonstra uma total falta de sensibilidade com o novo momento vivido pelo governo, hoje inteiramente voltado para a obtenção de taxas mais robustas de crescimento econômico.”
É O CONTRÁRIO!!! Com essa decisão, o BC demonstra TOTAL consonância com as decisões do governo na área fiscal!! O BC é responsável demais para permitir um recrudescimento da inflação. Ele é responsável pelo controle dos preços. Por favor, não insultem a inteligência dos poucos que entendem que o BC não tem nada a ver com crescimento.
Esse mesmo auxiliar argumenta que a decisão de diminuir somente 0,25 p.p. não foi unânime (3 x 2). Ele só se esqueceu de dizer que na reunião anterior, havia 3 integrantes a favor de redução de 0,5 p.p.. Ou seja: novas informações fizeram com que um desses pendesse para o lado mais conservador dessa vez. Que novas informações? Alguém quer chutar? O PAC, lógico.
Além disso, o tal auxiliar deve ser lembrado que uma decisão pode ser implementada somente com a maioria, e não com unanimidade. Isso é para ditaduras, como a do seu (e de Nosso Guia) amigo da Venezuela.
Enfim, todo mundo reclama de um BC conservador. Ao fazê-lo, embaralham as coisas, sem se lembrar de seu principal objetivo. Mas é isso aí mesmo, alguns querem esclarecer; a maioria quer é confundir.
Indicadores econômicos da semana - 22 a 26/01/2007
Restringindo a análise, no Brasil os principais eventos serão o anúncio do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e a decisão do BC sobre a taxa de juros básica da economia. A expectativa para o primeiro é de um conjunto de intenções em sua grande maioria financiadas pela iniciativa privada, outra parte de projetos que seriam realizados com ou sem PAC, e uma parcela menor do bolo total representado por investimentos governamentais em infra-estrutura.
Quem conhece meu outro blog sabe qual minha opinião sobre o atual governo e suas medidas para aparecer no Jornal Nacional e na Carta Capital. Não analiso o que penso disso neste espaço.
Com relação à taxa de juros, os dados indicam que não há o porquê do BC diminuir o ritmo de baixa dos juros, pelo menos nessa primeira reunião. Apesar dos indicadores de atividade econômica demorarem alguns meses para exibir o resultado da diminuição dos juros (o que favoreceria a análise mais conservadora), as projeções de mercado para inflação, mesmo que o BC baixe em 0,5% p.p. a taxa nesse momento, ainda são de atingimento de meta para 2007. Portanto, o BC não deveria alterar o ritmo neste começo de ano a meu ver.´
Agora é esperar para ver.
Sunday, January 21, 2007
The Vibes 3 - DJ Vieira
Cliquem aqui, digitem a senha "compart" (sem as aspas), cliquem com o botão direito do mouse sobre o ilnk do arquivo, selecionem "salvar como...", salvem no seus computadores e divirtam-se!
As festas ficarão mais animadas com ele!
O setlist da edição 3 é:
Open Your Eyes (Redanka Mix) Snow Patrol
Impact Disco - Williams Remix Marc Romboy
First Stroke - Original Mix Swen Weber
Calling
Rock To The Rhythm - Starkillers Remix DJ Dan
Girl You`ll Be A Woman Soon
Proper Education (Club Mix)
Discopolis - Chris Lake Remix Lifelike, Kris Menace
Fade Away Ministry of Sound
Friday, January 19, 2007
iPod custa mais no Brasil
E adivinhem onde o iPod tem o maior preço do mundo: se você disse Brasil, acertou. A lista segue abaixo:
Preços de iPod ao redor do mundo (em US$):
1 Brazil $327.71
2 India $222.27
3 Sweden $213.03
4 Denmark $208.25
5 Belgium $205.81
6 France $205.80
7 Finland $205.80
8 Ireland $205.79
9 United Kingdom $195.04
10 Austria $192.86
11 Netherlands $192.86
12 Spain $192.86
13 Italy $192.86
14 Germany $192.46
15 China $179.84
16 South Korea $176.17
17 Switzerland $175.59
18 New Zealand $172.53
19 Australia $172.36
20 Taiwan $164.88
21 Singapore $161.25
22 Mexico $154.46
23 United States $149.00
24 Japan $147.63
25 Hong Kong $147.35
26 Canada $144.20
Source: CommSec, Apple
Como vocês podem perceber, ganhamos de longe.
Saudades da Sessão da Tarde
Saudades dessa...
Thursday, January 18, 2007
Estudo econômico sobre a guerra no Iraque
Basicamente, o que eles fizeram foi propor uma análise de custos e "benefícios" da guerra no iraque. De forma correta na minha opinião, incluíram nos custos da guerra, além do orçamento federal norte-americano alocado diretamente para a sua manutenção, custo das vidas perdidas, das feridas que tornam pessoas incapazes de contribuir novamente para a sociedade, da perda de produtividade dás pessoas que são alocadas ao exército e mobilizadas para a guerra etc.
Na parte dos benefícios, incluiu o fato de recursos das Nações Unidas não precisarem mais ser alocados para se manter as sanções ao país e o benefício de iraquianos não mais serem assassinados pelo regime de Saddam Hussein (e, portanto, contribuírem produtivamente para a economia local).
Depois, monetizaram os custos diretos e indiretos até o presente e fizeram um fluxo de caixa descontado (valor presente líquido) dos custos até 2015. Como sempre, enfatizam que seus dados são imprecisos, requerem um número imenso de pressupostos e hipóteses e não levam em conta os efeitos indiretos do conflito (como o aumento do preço do petróleo, por exemplo, ou o benefício de um regime democrático consolidado no Iraque).
É um estudo bastante interessante do ponto de vista econômico. Em uma época onde as ações governamentais americanas são analisadas sempre em termos econômicos, de custo-benefício, uma das principais, a guerra no Iraque, não tem sido nem de perto. O estudo ajuda a elucidar o que mais, além do orçamento direto, está envolvido num conflito dessas proporções e propõe um modelo bastante interessante de decisão. Se ao menos pudéssemos ser tão racionais na hora de decidir pela guerra...
Monday, January 15, 2007
The Vibes - 2 by DJ Vieira
Temos quase 50 minutos de música eletrônica de qualidade, sem aquelas putz-putz que tá todo mundo cansado de ouvir.
Se quiserem provar as Vibes, cliquem aqui e depois cliquem no link da página seguinte.
Quem ouviu a primeira edição gostou...
Sunday, January 14, 2007
Principais indicadores da semana - 15 a 19 de janeiro
A semana também terá o anúncio dos resultados do quarto trimestre de 2006 da VCP no dia 16. Os números são importantes pois podem indicar a tendência dos lucros das empresas, que por sua vez influenciam a bolsa de valores.
Portanto, olho nos indicadores. Poderão liderar o sobe-e-desce da bolsa nesta semana.
Friday, January 12, 2007
Star Wars Kid - o filme mais engraçado de todos os tempos
Esse moleque é americano. Um certo dia ele gravou na escola, usando sua câmera de vídeo, sua performance como um Mestre Jedi. Para quem não sabe, os Jedis são "o lado bom da força" nos filmes da série Star Wars.
Pois bem, o vídeo foi achado por outras pessoas muito tempo depois. E colocaram-no na internet.
Veja abaixo e depois continue a ler a história:
Tuesday, January 09, 2007
Macworld 2007
Ao vivo da Macworld 2007.
Divirtam-se em saber os novos brinquedinhos do Sr. Jobs.
Análises das novas crianças neste espaço logo mais.
A Macworld Expo revelou gratas surpresas aos seguidores da Apple: um centro de entretenimento doméstico e o iPhone. Steve Jobs iniciou sua apresentação (que os Applemaníacos chamam de "Keynote", por ser feita no software da companhia similar ao Powerpoint da Microsoft) dando uma geral nos resultados de vendas de iPods, de músicas (mais de 2 milhões até agora) e de filmes, ambos pelo iTunes. A empresa não tem do que reclamar. O market share do iPod foi de 62% em novembro, quando o Zune foi lançado e abocanhou 2% somente do mercado total.
Logo depois dos números iniciais, Jobs introduziu o Apple TV, um dispositivo wireless que é o centro de entretenimento digital doméstico da Apple. Você pode enviar, do seu mac para o dispositivo filmes, músicas, fotos, episódios de suas séries favoritas comprados no iTunes Music Store, tudo de forma wireless. Conecta-se o dispositivo à TV e voilà, agora pode-se assistir ou ver os arquivos multimídias em sua TV de alta definição. O menu de controle é bem similar ao programa FrontRow, que hoje já controla esstes conteúdos no próprio computador do usuário.
É sempre legal ver os Keynotes de Jobs, porque ele efetivamente mostra ao público como os equipamentos funcionam (seja tudo teatralmente montado para que nada dê errado ou não; isso é o que menos importa, porque a experiência de ver funcionando é o objetivo final). Não foi diferente desta vez: pudemos ver o Apple TV transmitir para a tela alguns trailers do site da Apple (online e em tempo real, recebendo os dados do computador via wireless), pedaços de um filme e de uma série e também algumas músicas.
Esse produto sinaliza aos competidores a intenção da Apple de entrar em "águas nunca d´antes navegadas". Dá um recado principalmente à Sony, à Philips e empresas de consumo e eletroeletrônicos em geral. E tem tudo para ser um grande sucesso. O preço de venda do set-top box é de US$ 299. O interessante seria saber qual a margem de lucro da companhia, que costuma ser relativamente baixo nos hardwares.
Em seguida, Jobs revelou a jóia da coroa, esperada por mais de dois anos pelos fervorosos admiradores da empresa de Cupertino: o iPhone.
Veja bem, a Apple é reconhecida pelo sua obsessão em inovar. Qualquer outra empresa já teria ficado satisfeita se tivesse sido a inventora do computador pessoal como o conhecemos, ou do mouse, ou do iPod. A Apple inventou todos eles, e revolucionou os respectivos setores. E não se satisfez. Agora, vai revolucionar o setor de telefonia. O iPhone é isso: uma revolução.
Mudanças no blog
Agora, na coluna ao lado, você verá horários de diversos lugares do mundo, já automaticamente adaptados para o horário de verão local. Começo com São Paulo e a idéia é incrementar aos poucos.
Além disso, você verá a previsão do tempo para a Terra da Garoa, incluindo temperatura, estado do tempo e dois mapas que mostram a temperatura e as precipitações no território nacional.
Por fim, incluí uma ferramenta interativa pra quem quiser conhecer mais sobre lugares do mundo, que eu chamo informalmente de "seção do mochileiro": uma área sobre países/cidades/continentes. Clique nos links da seção para ver o texto referente àquela área específica do país (economia, por exemplo). Comecei com Brasil. Daqui as possibilidades são infinitas.
Dê sua sugestão de cidade/país/continente sobre o qual você gostaria de saber mais e, caso as informações estiverem disponíveis, atualizá-la-ei(...!).
O Brasil anda muito estranho
Creio que seria o caso de mudarmos a lei então. Não dá para tolher cinco milhões de pessoas de usar um determinado serviço porque uma garotinha não quer mais ver imagens dela dando pro namorado na praia. O episódio aconteceu no segundo semestre do ano passado. Por que só agora essa decisão??
Quantas pessoas têm seus vídeos colocados no You Tube sem o seu prévio consentimento? Não seria o caso de retirar os vídeos do ar, ao invés de despachar-se um mandado judicial fechando o site inteiro?
O Brasil anda muito estranho.
Monday, January 08, 2007
Lição de Brasil
EXAME A tentativa dos congressistas de elevar o próprio salário é uma verdadeira aula sobre os motivos de o país ter um dos piores serviços públicos e uma das maiores concentrações de renda do mundo
O Brasil recebe, dia após dia, lições muito claras mostrando por que cresce pouco e mal, oferece um dos piores serviços públicos do mundo e agrava a concentração de renda. O último episódio da série foi o aumento superior a 90% que deputados e senadores tentaram dar para seus próprios ganhos. O golpe foi tão descarado que acabou se metendo em dificuldades para ir adiante. A fração decente do Congresso, que vem mostrando uma força política bem superior a seu tamanho numérico, conseguiu bloquear o aumento no Supremo Tribunal Federal, numa ação liderada pelos deputados Fernando Gabeira, Raul Jungmann e Carlos Sampaio -- e agora suas excelências terão de se contentar, talvez, com um terço do que pretendiam colocar nos bolsos. Os deputados que brigam pela moralidade já tinham derrubado em 2005 o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti; pegaram agora os severinos disfarçados que presidem e formam as mesas diretoras das duas casas do Congresso. Se pudessem ter feito o que queriam, o Erário acabaria tendo de pagar cerca de 1,8 bilhão de reais, em um ano, para cobrir as despesas totais decorrentes do aumento -- um clássico, sem dúvida, na arte de transformar dinheiro publico em patrimônio pessoal de quem ganha a vida na política.
Cada deputado, com esse aumento, passaria a um salário mensal de 24 500 reais, mais do que ganha um cidadão que exerce o mesmo ofício na Alemanha, na França ou na Inglaterra. Na verdade essa remuneração passaria dos 100 000 reais por mês, com as vantagens, os benefícios e outros anabolizantes que o Congresso foi inventando ao longo dos anos para engordar os ganhos de seus integrantes. Para os senadores, a soma mensal verdadeira chegaria perto dos 150 000 reais. Se isso não é concentração de renda explícita, o que seria? A história não ficaria por aí. Como conseqüência direta do aumento de senadores e deputados, aumentariam também, automaticamente, os salários de 1 059 deputados estaduais e mais de 51 000 vereadores. O motivo disso é uma trapaça chamada "isonomia", pela qual sempre que se dá aumento para uns tem de se dar aumento equivalente para outros. É um bonito princípio, na teoria "republicana" -- serve para garantir a indispensável igualdade de tratamento na remuneração do serviço público. Na prática da vida política nacional, transformou-se num pé-de-cabra para arrombar a porta do Erário.
É só prestar um pouco de atenção naquele número de 1,8 bilhão de reais para ver por que a economia brasileira progride tão devagar, com tão pouco suporte público e de forma tão desigual. Bastam uma pergunta e uma resposta. Pergunta: por que o governo não contrata já, por exemplo, mais 50 000 professores para melhorar a miserável rede pública de ensino, pagando salários de 3 000 reais por mês para cada um? Resposta: porque isso iria custar 1,8 bilhão de reais por ano, dinheiro que os congressistas já teriam pego para si se tivessem conseguido. Pano extremamente rápido, como no Teatro Corisco, de Millôr Fernandes.
Um pacote de 1,8 bilhão de reais não daria, obviamente, para resolver todos os problemas de crescimento do Brasil. Mas é justamente aí que está a marca da maldade. Como nenhuma soma, individualmente, é suficiente para renovar toda a infra-estrutura, eliminar toda a pobreza, melhorar toda a distribuição de renda e assim por diante, quem manda no poder público se sente autorizado a gastar no que lhe interessa. Já que o montante que subtrai para si não vai, sozinho, resolver em definitivo nenhuma das carências do Brasil, cada um tem uma bela desculpa aritmética para só defender o seu. O resultado é que, de 1,8 bilhão em 1,8 bilhão, uma hora acaba se chegando a dinheiro grosso -- talvez 99% de todo o dinheiro público disponível na União, quando se leva em conta que apenas 1% do Orçamento federal, hoje em dia, sobra para o investimento produtivo.
O mesmo raciocínio se aplica à Previdência Social, aos gastos com a folha de pessoal do serviço público, ao aerolula e por aí afora. Cada vez que se fala em fazer algum corte em qualquer dessas áreas, a resposta é sempre a mesma: "Não é por aí". Essa atitude resulta da idéia, firmemente implantada no Brasil de hoje, segundo a qual todo corte de despesa pública, sobretudo na folha de pagamento, é uma aberração neoliberal. Trata-se de um passaporte doutrinário perfeito para vigarices de todos os tipos, sobretudo quando ele é apresentado em combinação com outro artigo de fé para nove entre dez das melhores (e piores) cabeças econômicas da esquerda nacional: o único problema do Brasil é a elite, responsável direta ou indiretamente por tudo que há de errado no país. Desse jeito fica uma beleza. Se só a elite é culpada, todos os demais são inocentes -- estão liberados, assim, para agir como bem entendem, bastando cada um dizer que a elite são os outros. É claro que aí não vai sobrar dinheiro para nada.
Saturday, January 06, 2007
Indicadores econômicos - 05/01/2007
Aplicações | Último | ||
Ibovespa | 42.245,00 ![]() | ||
![]() | |||
Nasdaq | 2.434,25 ![]() | ||
![]() | |||
Dólar comercial | 2,1520 ![]() | ||
![]() | |||
Dólar turismo | 2,2600 ![]() | ||
![]() | |||
Dólar paralelo | 2,3800 ![]() | ||
![]() | |||
Euro (em R$) | 2,7914 ![]() | ||
![]() | |||
Iene (em R$) | 0,0181 ![]() | ||
![]() | |||
Libra esterlina (em R$) | 4,1434 ![]() | ||
![]() | |||
CDI | 13,17 ![]() | ||
![]() | |||
CDB 30 | 12,98 ![]() | ||
![]() | |||
Poupança | 0,70 ![]() |