Wednesday, February 07, 2007

"Mr Lula da Silva deveria fazer o mesmo"

07/02/2007 - 12h20
'Financial Times' diz que Brasil só cresce com reforma trabalhista e previdenciária

SÃO PAULO - O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um passo à frente, mas nem de perto suficiente para o Brasil conseguir crescer no mesmo ritmo de seus concorrentes europeus e asiáticos, afirma o editorial "As tímidas reformas de Lula", do jornal britânico "Financial Times".

"O presidente deveria ter sido mais corajoso" , diz o texto. "Com altos níveis de apoio popular e condições favoráveis nos mercados financeiros internacionais, esse teria sido o momento ideal para começar uma reforma, longamente adiada, das leis trabalhistas, das quais algumas datam da década de 1930."

Para o FT, apenas com a reforma trabalhista e do sistema previdenciário o Brasil poderá ampliar seu ritmo de crescimento.

O diário econômico britânico chamou a Previdência Social brasileira de "absurdamente injusta" e a lei trabalhista de "antiquada". O editorial diz que o sistema previdenciário acaba "beneficiando grupos seletos de trabalhadores de elite em estatais" e funcionários públicos, terminando por afastar os mais pobres do mercado formal de trabalho.

"Muitos trabalhadores ainda se aposentam com pouco mais de 50 anos. Em muitos grupos privilegiados, como os militares e o Judiciário, benefícios generosos são estendidos aos familiares através de gerações", afirma o FT.

O editorial lamenta que as duas reformas estejam fora das prioridades do governo brasileiro.

"Mudanças no sistema previdenciário deverão ser debatidas, mas parecem improváveis de acontecer; a reforma trabalhista está -dizem ministros- fora da agenda. É uma pena. Sociais-democratas no vizinho Chile (e na Europa) beneficiaram seu país ao abraçar reformas modernizadoras. Mr Lula da Silva deveria fazer o mesmo."

De qualquer forma, o FT reconhece que elevar os investimentos em infra-estrutura é imprescindível para sustentar um maior crescimento econômico.

O PAC, diz o jornal, propõe iniciativas amparado pela estabilidade conquistada nos últimos quatro anos para melhorar a qualidade dos transportes e para ampliar os incentivos aos investidores.

"Medidas para impulsionar os investimentos em infra-estrutura são muito necessários se o Brasil quiser se expandir acima da média de 2,5% anuais registrada nos anos recentes", afirma o editorial. "Mas o novo pacote de Mr Lula da Silva não chega nem perto do ideal."

Tuesday, February 06, 2007

Como a economia reage a um ataque terrorista?

The Economist
05/02/2007

A economia é uma profissão chocante. Não que os economistas sejam incompetentes, trabalhem em meio à sujeira ou tenham hábitos repulsivos. "Chocante" é o que ele fazem. Eles partem de um modelo da economia, administram um choque a ela - por exemplo, um súbito aumento no preço do petróleo, algum avanço tecnológico ou uma eliminação de tarifas - e examinam o que acontece com a produção, preços, emprego etc.

Imagine um salto nos preços do petróleo: a produção cai, os preços sobem; dependendo das expectativas inflacionárias e da reação do banco central, pode se seguir uma persistente onda inflacionária. Introduza alguns números plausíveis nos lugares certos, use algumas estatísticas sofisticadas e aplique uma boa dose de processamento de dados e você poderá estimar a dimensão dos efeitos.

Quase todos esses exercícios envolvem, na verdade, mudanças na média de um número ou de um valor esperado (em jargão estatístico, o "primeiro momento" de sua distribuição de probabilidades): e se o preço do petróleo dobrar? Mas os economistas dedicam pouco tempo calculando o que ocorrerá se o mundo tornar-se mais incerto: e se o preço do petróleo provavelmente ficar na faixa de, digamos, US$ 20 a US$ 100 em vez de entre US$ 50 e US$ 60? Indagações desse tipo (sobre o "segundo momento") são certamente mais difíceis de responder - os cálculos matemáticos são mais complicados, porém mesmo assim importantes.



E são importantes em parte pela simples razão de que o comportamento das pessoas pode mudar se o mundo subitamente se tornar um lugar com menos (ou mais) certezas. Além disso, destaca Nick Bloom, economista britânico na Universidade Stanford, eventos que elevam a incerteza, medida pela volatilidade dos preços de ações de empresas americanas, são relativamente freqüentes. O mais evidente exemplo recente de um grande choque de segundo momento foram os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001; mas houve outros nas últimas décadas, do assassinato de John Kennedy ao colapso da fundo americano Long-Term Capital Management e da Enron (veja gráfico).
Os economistas não se deixaram intimidar por choques de segundo momento. Com efeito, em 1983 um jovem economista americano chamado Ben Bernanke publicou uma análise examinando como os investimentos seriam afetados por incertezas. Incertezas, disse ele, podem resultar num incremento do lucro das empresas - em conseqüência de um adiamento, em vez da realização imediata, de um investimento irreversível.
Bloom revisitou o tema com um tratamento mais aprofundado, viabilizado pelas modernas técnicas de modelagem e ferramentas de computação. Num estudo apresentado no mês passado à reunião anual da Associação Econômica Americana (AEA), em Chicago, ele descreve um modelo no qual as empresas decidem quanto investir e quantos trabalhadores empregar. O mundo no qual elas operam é incerto, no sentido de que suas receitas podem variar. Ele introduz um "choque de incerteza" no modelo com a premissa de que a variabilidade das receitas das empresas sobe repentinamente - usando dados de choque ocorridos ao longo dos últimos 45 anos, ele supõe que o desvio padrão, uma medida estatística de variabilidade, dobre antes de voltar a seu antigo nível no prazo de poucos meses.
O modelo prevê, assim como a análise de Bernanke, que as empresas esperam para ver o que vai acontecer. Em virtude de o futuro ser menos definido, a chance de que a demanda venha a ser muito baixa (ou muito alta) é maior. O valor da espera, portanto, aumenta. As empresas que de outra forma teriam ampliado seus investimentos ou contratado mais trabalhadores adiam seus planos. Por outro lado, as empresas que vinham encolhendo adiam as decisões de corte de pessoal. Mas o efeito líquido é que investimento e emprego diminuem. A produtividade também cai: devido ao adiamento de contratações e de cortes de pessoal, os trabalhadores deixam de ser remanejados de empresas menos produtivas para outras, mais produtivas. À medida que a incerteza volta aos níveis normais, há uma retomada dos investimentos, emprego e produtividade.
Bloom acredita que seu modelo reproduz razoavelmente bem o que aconteceu no período após os ataques em 11 de setembro. O crescimento líquido do emprego nos EUA caiu sensivelmente nos três meses após os ataques - a julgar pelas estimativas de economistas de meados de agosto, havia 1 milhão de empregos a menos do que o esperado para o fim do ano - mas registrou uma recuperação no primeiro trimestre de 2002. Os investimentos também diminuíram e se recuperaram. A percepção de que a incerteza cresceu transparece ainda nas atas de reuniões do banco central à época. Uma autoridade comentou que algumas famílias e empresas estão entrando em "compasso de espera... Estão pondo em banho-maria suas decisões de gastos de capital".
Para as autoridades monetárias, diz Bloom, é importante distinguir choques de segundo momento, que parecem não durar muito, de choques de primeiro momento, cujos efeitos são mais duradouros. Se o banco central errar e considerar um crescimento temporário da incerteza como um choque permanente, ele pode, por exemplo, cortar os juros mais do que deveria, com resultados inflacionários. Para tornar as coisas mais difíceis, choques de primeiro e de segundo momentos provavelmente acontecem simultaneamente.
Bloom acredita que o Fed e outros bancos centrais reagiram inteligentemente aos ataques de 11 de setembro. Ainda assim, sugere o exame de algumas informações que podem ajudar a distinguir os dois tipos de choques. Em primeiro lugar, um brusco aumento na volatilidade do mercado acionário é um sinal de maior incerteza. Em seguida, os diferentes tipos de choques devem produzir efeitos distintos nas empresas. Um forte choque de primeiro momento reduz as atividades de todas as empresas. Mas um aumento da incerteza que faça com que todas as empresas ponham seus planos em banho-maria paralisará (ou desacelerará) o crescimento das empresas que estão crescendo, mas fortalecerá as empresas que estão se contraindo.
Choques de incerteza são sempre transitórios? Quase sempre. Nenhum dos exemplos (veja gráfico) durou muito. No século passado, Bloom distingue só um episódio assim: a Grande Depressão. Entre 1929 e 1932, a volatilidade média nas bolsas foi 30% maior que após os ataques de 2001. O prolongado surto de incerteza (agravado por más decisões de política monetária) conteve o "espírito animal" no qual John Maynard Keynes tanto apostava, com efeitos catastróficos sobre investimentos e nível de emprego. As conseqüências macroeconômicas diretas do 11 de setembro, apesar de todo o terror letal, foram muito mais breves.

Thursday, February 01, 2007

Ata do Copom

A íntegra da ata da última reunião do Copom está aqui.

SÃO PAULO (Valor Online) - Maiores pressões de aumento de preços - aparentemente " isoladas e transitórias " -, o crescimento econômico e os incentivos já promovidos para estimular o consumo levaram a maioria dos integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) à decisão mais cautelosa de reduzir o juro básico Selic em apenas 0,25 ponto, para 13% anuais, na reunião de janeiro. Cinco diretores acreditaram que o cenário atual exige " parcimônia já a partir desta reunião " . De acordo com a ata do encontro, porém, essa visão não foi compartilhada por todos: três diretores avaliaram que o balanço de riscos à estabilidade econômica ainda sustentaria um corte maior, de 0,5 ponto.

" A maioria dos membros do Copom ressaltou que as informações sobre o cenário macroeconômico disponíveis neste momento justificavam uma mudança de ritmo de flexibilização " , diz o texto, divulgado há pouco. " Um conjunto de pressões de preços, a princípio isoladas e transitórias, atinge a economia em um momento em que a demanda doméstica se expande a taxas robustas " . O dever do Banco Central, nesse caso, é evitar que as elevações pontuais de preço se estendam por prazos mais longos e ameacem a trajetória da inflação. As maiores pressões, segundo o Copom, derivam dos preços de alimentos e dos reajustes de tarifas de transportes públicos.

Esses repiques de preço ocorrem, de acordo com o BC, em um momento de aquecimento da demanda, que deve continuar ao longo dos próximos meses. Além da esperada recuperação do nível de emprego e renda, e da oferta de crédito, os diretores levaram em conta ainda aumentos de transferência de recursos do governo e incentivos fiscais previstos para 2007. " Dessa forma, os efeitos defasados dos cortes de juros sobre uma demanda agregada que já cresce a taxas robustas se somarão a outros fatores que continuarão contribuindo de maneira importante para a sua expansão " , explica a ata.

O BC admite que as importações, que sobem a taxas superiores às das vendas ao exterior, têm ajudado a manter a inflação contida. Na ata da reunião de janeiro, os membros do Copom dizem que as importações estão " complementando a produção doméstica e, assim, permitindo que os efeitos inflacionários do crescimento sustentado da demanda agregada continuem sendo limitados " .

O Copom cita ainda a presença de novas incertezas no cenário internacional. A preocupação antiga, que era o aumento das cotações do petróleo, diminuiu com a queda recente dos preços. No entanto, o BC vê agora um " ambiente de menor liquidez global " após a elevação dos juros dos países desenvolvidos e também um " contexto de moderação do crescimento internacional " .

(Paula Cleto | Valor Online)

A lista

A Lista (Oswaldo Montenegro)

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você

Quantas mentiras você condenava
Quantas você teve que cometer
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver

Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você

A lógica econômica do iPhone - parte 2

Continuando com a análise do lançamento do iPhone no mercado norte-americano.

3- As empresas adotarão o iPhone?

Se uma empresa já está sob contrato com a divisão empresarial da Cingular, será fácil a elas adicionarem o iPhone à lista de aparelhos disponíveis para seus empregados. Entretanto, o iPhone é significativamente mais caro que o BlackBerry mais barato, e não se acredita que as empresas pagarão um “premium price” pelas funcionalidades de mídia adicionais do novo aparelho. Assim, apesar de não se esperar adoção geral do iPhone pelas empresas, a maioria dos funcionários carregam um aparelho particular, um aparelho da empresa para checagem de e-mails e possivelmente um iPod. E estes funcionários em especial serão os candidatos potenciais para a troca para o iPhone (que é um 3 em 1).

4- o iPhone estará disponível para outras operadoras?

A Apple e a Cingular assinaram um acordo exclusivo de dois anos. Entretanto, não está claro se o contrato aplica-se somente a este modelo do iPhone ou também aos futuros modelos lançados durante o período do contrato. Acredita-se que a Apple lançará novos modelos rapidamente (como faz com o iPod) e que esses modelos estarão eventualmente disponíveis para outras operadoras, possivelmente até mesmo antes do contrato com a Cingular expirar. Com isso, o mercado potencial automaticamente aumenta para além dos 58 milhões de assinantes da Cingular. Certamente a Apple usará outras operadoras em outros países; a empresa indicou que pretende expandir a distribuição do iPhone para a Europa no quarto trimestre de 2007 e para a Ásia em 2008. Como consequência, a empresa deverá desenvolver outras versões do iPhone para estes mercados (CDMA etc.), que também serão vendidos em parceria com outras operadoras nos EUA, logo após ou até mesmo antes do acordo de exclusividade com a Cingular expirar.

Tuesday, January 30, 2007

A lógica econômica do iPhone - parte 1

Nos próximos posts falarei sobre a lógica econômica por trás do iPhone e a parceria entre a Apple e a Cingular, a operadora de telefonia norte-americana que terá exclusividade de comercialização do aparelhinho mais cobiçado do momento por dois anos. Essa análise leva em conta pesquisas feitas pela firma de investimentos PiperJaffray.

1 - Qual a lógica econômica na parceria da Apple com a Cingular?
Apesar das empresas revelarem poucos detalhes sobre a parceria, pode-se confirmar algumas coisas. Cada cliente que comprar o iPhone deverá obrigatoriamente assinar um contrato de dois anos com a Cingular, independente de que empresa comprar o aparelho. Não é crível no momento a possibilidade da Cingular subsidiar o iPhone. Ao manter um preço alto, a Apple evitará um eventual desgate de imagem, como aconteceu com a Motorola há pouco tempo, quando reduziu o preço da linha RAZR em US$50 por ocasião da entrada dos produtos da nova linha premium KRAZR. A redução de preços foi feita com subsídios das operadoras mas a economia vista pelos cilentes na compra de um aparelho RAZR ocasionou perda de vendas da nova linha premium.

Em segundo lugar, a Apple não pode permitir o subsídio de aparelhos pela Cingular, pois isso canibalizaria as vendas do iPhone nas próprias lojas da Apple. Entretanto, é possível para a Cingular reduzir os custos totais do iPhone com a redução de taxas dos seus serviços e o oferecimento de desecontos em seus planos aos clientes do iPhone, independente de terem comprado o aparelho numa loja Cingular ou Apple.

A Cingular se beneficia dos assinantes adicionais e do "barulho" causado pelo aparelho. A Apple, por sua vez, se beneficia por ter à disposição a base da maior operadora dos Estados Unidos como mercado inicial para o telefone/iPod etc. Acredita-se que a Cingular adotará uma estratégia agressiva para novos clientes durante o lançamento do iPhone reduzindo as taxas e dando descontos em planos. É importante também salientar que a parceria com a Cingular evita que a Apple envolva-se em cobranças ou assinaturas de serviços "wireless".

A operadora também já confirmou que não há planos de divisão de receitas de clientes adicionais da loja da iTunes, que irão comprar músicas por ocasião da compra do aparelho. Também afirmou que o nome "Cingular" não aparecerá no aparelho, somente na tela ao lado do sinal. O ponto-chave para a Cingular nesta ação é a adição de clientes que podem vir a se tornar usuários importantes dos serviços de valor agregado que a operadora oferece.

2 - Quanto custa para mudar de operadoras (nota: valores para o mercado norte-americano)

Já que o iPhone será vendido somente para clientes da Cingular, os que usam outras operadoras terão que mudar para a Cingular para poder usar o telefone. Com algumas contas, dá para estimar o custo desta troca para o cliente. A média de duração de um contrato é de dois anos, o que significa que mais ou menos 25% dos contratos dos clientes das outras operadoras expirará nos proximos seis meses (entre janeiro e junho). A menos que os clientes esperem seus contratos expirarem, eles precisarão cancelar seus contratos por um valor entre US$175-US$200. As taxas de cancelamento para as maiores operadoras são: Sprint US$200, T-Mobile US$200, e Verizon US$175.

Além de cancelar o plano atual, os clientes precisarão assinar um plano de dados EDGE da Cingular (entre US$19.99-US$44.99) e pagar a taxa de ativação da Cingular(US$36). Mas acredita-se que a Cingular mitigará essa barreira à adoção oferecendo um plano mais barato para o iPhone.

No pior cenário, a troca poderia custar US$236 mais o custo do iPhone (US$499 ou US$599) mais o serviço mensal de voz e dados (o mais barato custa US$78). Neste caso, o custo total da troca ANTES DO CONTRATO COMEÇAR A VALER seria de mais ou menos US$736 para o modelo de 4GB ou US$836 para o de 8GB. Salgado, né? Mas os pesquisadores acreditam que a Cingular oferecerá descontos nos serviços para os clientes do iPhone com o objetivo de atrair o público.

No próximo post: "As empresas adotarão o iPhone?", e "o iPhone estará disponível para outras operadoras?"

Sony tem prejuízo com PlayStation 3

A Sony disse na terça-feira que seus lucros do terceiro trimestre fiscal diminuíram por causa das perdas sofridas com o seu novo console de videogame, o PlayStation 3. A unidade de games da empresa teve um prejuízo no período de 54,2 bilhões de yens.

O preço do console PlayStation 3 foi fixado abaixo de seu custo de produção. Essa foi a forma que os executivos da Sony estabeleceram para convencer os investidores de que, com o tempo, abocanhariam market share dos competidores (Nintendo e Microsoft) e, assim, poderiam ganhar escala.

Mas o que acontece é que apesar disso os preços ainda são altos. O console só vem atraindo os nerds obcecados por tecnologia e assustando o usuário médio, que quer um bom console a um preço razoável. O Nintendo Wii custa a metade (US$ 249) do modelo mais barato da Sony e o XBox 360, da Microsoft, tem preço mínimo de US$ 299. São preços muito mais atraentes do que o preço do Play 3, apesar deste último apresentar melhores gráficos e capacidade de processamento. E isso sem falar dos padrões da nova geração de DVDs, que opõem Microsoft e Sony. O padrão que dominar certamente fará a oposição perder mais dinheiro.

O que fica da história é que nem sempre a última tecnologia e a forma mais avançada de processamento ganha o jogo no mercado. É tudo uma questão de valor percebido pelo cliente. E nesse caso, ao que parece, as pessoas não percebem o que terão de retorno adicional em termos de valor se gastarem muito mais no Play 3. A Sony pode entrar numa sinuca de bico se não conseguir baixar seu custo de produção e o preço do console.

Friday, January 26, 2007

Gatinho vs. Computador

Hilário!!



kitten vs. frontrow on Vimeo

Apple entre as cinco maiores marcas globais

Google, Apple, Wikipedia, YouTube e Starbucks são as cinco maiores marcas globais de 2006, de acordo com pesquisa feita pela BrandChannel.
Na seção norte-americana, Apple ficou em primeiro, seguida de YouTube, Google, Strabucks e Wikipedia.
A empresa entrevistou 3.625 pessoas, que responderam à pergunta: "Que marca proporcionou o maior impacto em nossas vidas em 2006?"
Curiosidade: a rede de tevê Al Jazeera ficou na décima-nona colocação no segmento norte-americano da pesquisa...

Thursday, January 25, 2007

'PAC não vai acelerar o crescimento'

Luiz Carlos Mendonça de Barros solidifica a impressão que eu já tinha um dia depois do PAC ter sido lançado. É (quase) tudo superficial, publicitário.
Para quem acha que eu fico fazendo palhaçada, olhem a apresentação do PAC e guardem para daqui a quatro anos conversamos de novo.

Por Sergio Lamucci, jornal Valor Econômico, 25/01/2007
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O ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros não poupa críticas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O pacote ignora, segundo ele, o grande entrave à expansão da economia brasileira a taxas mais altas: a carga tributária estratosférica, próxima a 40% do Produto Interno Bruto (PIB), e a irracionalidade do sistema de impostos. Para mudar esse quadro, seria indispensável cortar os gastos do governo, "para permitir que, junto com o crescimento do PIB, houvesse espaço para uma redução da carga tributária".


"Mas o PAC passa longe disso, e na verdade piora o quadro, na medida em que indexa duas contas de gastos de baixa eficiência (o salário mínimo, que corrige dois terços dos benefícios do INSS, e os vencimentos dos funcionários públicos) à inflação, mais um ganho real entre 1,5% e 3%", afirma o ex-ministro, para quem a indexação "é a medida mais perversa contida no pacote".


Segundo Mendonça de Barros, o problema é que isso leva a um aumento acima da inflação de parte importante dos gastos do governo, num momento em que o maior desafio para o país crescer mais rápido é reduzir as despesas públicas. Para ele, o PAC diminui o espaço para a queda da carga tributária, um obstáculo poderoso ao crescimento do Brasil, hoje "uma economia aberta, cada vez mais inserida num ambiente global altamente eficiente e competitivo".


O ex-ministro das Comunicações ressalta que o governo "transfere 40% da riqueza criada no setor privado para financiar seus gastos e transferências, com eficiência baixíssima". Com o programa, diz ele, o governo "vai continuar a transferir recursos do setor produtivo e dos trabalhadores de maior qualificação para financiar gastos e transferências mal focadas no objetivo de realmente reduzir a pobreza e acelerar o crescimento".


O resumo da ópera? A renda dos setores mais produtivos da sociedade vai seguir em queda, em favor de um "distributivismo de curto prazo", que diminui a produtividade da economia e compromete o futuro do país. "O que se está fazendo é aproveitar um choque mundial favorável para gastar: é a lógica do populismo, ainda que no nosso caso a percepção sobre isso ainda seja um pouco difusa."


Segundo ele, "há certa ortodoxia monetária, que engana muita gente e agrada alguns formadores de opinião, mas que na prática é apenas auxiliar no grande objetivo de não avançar em nada que seja realmente modernizante". Nesse cenário, o investimento não vai aumentar. "E, sem investimento, não cresceremos mais rapidamente."


Mendonça de Barros vê com descrença a possibilidade de o país crescer 4,5% neste ano e 5% a partir de 2008, como prevê o PAC. Para ele, o PIB deve avançar 3% neste ano - ou até menos, dependendo do comportamento da demanda externa, que, segundo ele, tem contribuído negativamente para o crescimento, pois as importações aumentam a um ritmo superior ao das exportações. Mendonça de Barros estima que, no quarto trimestre de 2006, o setor externo subtraiu 2 pontos percentuais do PIB, em termos anualizados.


E qual será o efeito do PAC sobre a economia? "A influência do pacote na aceleração do crescimento em 2007 e em 2008 será muito pequena, senão desprezível", diz ele, reiterando que o programa não ataca a questão da expansão das despesas correntes, cuja redução permitiria a queda da carga tributária. "O que sobra nele são alguns estímulos setoriais de baixo impacto sobre o crescimento."


Mendonça de Barros não vê grandes problemas na decisão do governo de elevar os recursos do Programa Piloto de Investimentos (PPI) em até 0,5% do PIB, o que pode reduzir o superávit primário (a economia do governo para pagar juros) de 4,25% para 3,75% do PIB. "Se a escolha dos investimentos for feita seguindo critérios de racionalidade econômica e não de interesses políticos e regionais, acho que a troca é favorável ao país. Mas de novo: não se atacam as questões principais de longo prazo."


O ex-ministro aponta o que avalia uma mistificação do pacote: considerar a arrecadação de impostos com base numa expansão da economia de 5% ao ano para garantir o superávit primário e a queda da relação entre a dívida pública e o PIB. "O governo parte do problema resolvido, que é exatamente como crescer 5% ao ano, para mostrar que essas medidas não vão aumentar os gastos do governo como proporção do PIB. Ou é uma incapacidade de raciocinar logicamente ou é muita cara de pau."


A estimativa de que o pacote compreende investimentos de R$ 503,9 bilhões ao longo de quatro anos é rechaçada pelo ex-ministro: "Esse número está superestimado, já que boa parte dos investimentos do setor público e do setor privado iria acontecer mesmo sem o tal do PAC." Ele reclama que não está identificado o volume adicional de inversões que será gerada pelo programa. "Por isso, esse número nada mais é do que uma mistificação, bem ao gosto do governo, para gerar um fato político. Há muito caldo e pouca carne nessa sopa."


Para Mendonça de Barros, as desonerações tributárias contidas no PAC, de R$ 6,6 bilhões para este ano, são muito pequenas. "Haverá algum estímulo setorial, o que na verdade até reforça as contradições. Deveria haver a perspectiva clara para a sociedade de um corte relevante e generalizado de impostos, principalmente dos mais nocivos, incidentes sobre o faturamento das empresas, as transações financeiras e a folha de salários. Mas o PAC não tem nem sombra disso", ataca ele, que considera um erro na situação atual promover desonerações tributárias para setores específicos. "É a economia como um todo que sofre com a carga tributária e o sistema irracional de impostos. O governo não tem competência para escolher os setores que deveriam ser beneficiados com a desoneração, ou mesmo os que teriam maior impacto sobre o crescimento."

Wednesday, January 24, 2007

Copom corta juros em 0,25 p.p.

Em decisão hoje à tarde, o Copom decidiu cortar a taxa de juros básica da economia em 0,25 ponto percetual, de 13,25% para 13%.
Levando-se em conta o momento conjuntural da decisão (alguns dias após o anúncio, pelo governo, de um programa de crescimento), não há como concluir de maneira diferente: é evidente o sinal que o BC quer mandar para os agentes: está preocupado tanto com os efeitos sobre a economia real das diminuições anteriores do juro como com as características do tal do PAC.
Como se sabe, os efeitos de uma redução nos juros básicos levam alguns meses para atingir a economia real. Como o BC iniciou seus cortes no ano passado, teremos neste ano a maior parte dos efeitos destas reduções.
Com essa decisão, o BC também emite claros sinais de preocupação com o PAC. O programa é baseado em aumento dos gastos governamentais, em parte. E está calcado, entre outras variáveis, no corte mais agressivo das taxas de juros, como afirmou o Sr. Presidente da República. Ou seja: para o PAC funcionar, os juros devem cair mais; só que para os juros cairem mais, o país precisa investir > crescer. É o próprio cachorro correndo atrás do rabo.
Além disso, a teoria econômica nos ensina que para cada objetivo, um instrumento. Ou seja, para o controle inflacionário, o instrumento juros. Não se pode querer usar os juros (mesmo instrumento) para estimular crescimento (outro objetivo).
Por fim, acho engraçado o governo reclamar do conservadorismo do BC. Ao que parece, um auxiliar próximo do presidente comentou: “Com essa decisão, o Banco Central demonstra uma total falta de sensibilidade com o novo momento vivido pelo governo, hoje inteiramente voltado para a obtenção de taxas mais robustas de crescimento econômico.”
É O CONTRÁRIO!!! Com essa decisão, o BC demonstra TOTAL consonância com as decisões do governo na área fiscal!! O BC é responsável demais para permitir um recrudescimento da inflação. Ele é responsável pelo controle dos preços. Por favor, não insultem a inteligência dos poucos que entendem que o BC não tem nada a ver com crescimento.
Esse mesmo auxiliar argumenta que a decisão de diminuir somente 0,25 p.p. não foi unânime (3 x 2). Ele só se esqueceu de dizer que na reunião anterior, havia 3 integrantes a favor de redução de 0,5 p.p.. Ou seja: novas informações fizeram com que um desses pendesse para o lado mais conservador dessa vez. Que novas informações? Alguém quer chutar? O PAC, lógico.
Além disso, o tal auxiliar deve ser lembrado que uma decisão pode ser implementada somente com a maioria, e não com unanimidade. Isso é para ditaduras, como a do seu (e de Nosso Guia) amigo da Venezuela.
Enfim, todo mundo reclama de um BC conservador. Ao fazê-lo, embaralham as coisas, sem se lembrar de seu principal objetivo. Mas é isso aí mesmo, alguns querem esclarecer; a maioria quer é confundir.

Indicadores econômicos da semana - 22 a 26/01/2007

Temos um feriado nessa semana, mas isso não significa que não teremos dados importantes saindo do forno para avaliar o atual estado da economia brasileira e internacional (principalmente a americana).
Restringindo a análise, no Brasil os principais eventos serão o anúncio do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e a decisão do BC sobre a taxa de juros básica da economia. A expectativa para o primeiro é de um conjunto de intenções em sua grande maioria financiadas pela iniciativa privada, outra parte de projetos que seriam realizados com ou sem PAC, e uma parcela menor do bolo total representado por investimentos governamentais em infra-estrutura.
Quem conhece meu outro blog sabe qual minha opinião sobre o atual governo e suas medidas para aparecer no Jornal Nacional e na Carta Capital. Não analiso o que penso disso neste espaço.
Com relação à taxa de juros, os dados indicam que não há o porquê do BC diminuir o ritmo de baixa dos juros, pelo menos nessa primeira reunião. Apesar dos indicadores de atividade econômica demorarem alguns meses para exibir o resultado da diminuição dos juros (o que favoreceria a análise mais conservadora), as projeções de mercado para inflação, mesmo que o BC baixe em 0,5% p.p. a taxa nesse momento, ainda são de atingimento de meta para 2007. Portanto, o BC não deveria alterar o ritmo neste começo de ano a meu ver.´
Agora é esperar para ver.

Sunday, January 21, 2007

The Vibes 3 - DJ Vieira

The Vibes 3 no ar!!
Cliquem aqui, digitem a senha "compart" (sem as aspas), cliquem com o botão direito do mouse sobre o ilnk do arquivo, selecionem "salvar como...", salvem no seus computadores e divirtam-se!
As festas ficarão mais animadas com ele!

O setlist da edição 3 é:

Open Your Eyes (Redanka Mix) Snow Patrol
Impact Disco - Williams Remix Marc Romboy
First Stroke - Original Mix Swen Weber
Calling
Rock To The Rhythm - Starkillers Remix DJ Dan
Girl You`ll Be A Woman Soon
Proper Education (Club Mix)
Discopolis - Chris Lake Remix Lifelike, Kris Menace
Fade Away Ministry of Sound

Friday, January 19, 2007

iPod custa mais no Brasil

Na linha do Índice Big Mac, agora temos o Índice iPod. Explico: um banco australiano resolveu comparar o poder de compra e as moedas de diferentes países utilizando-se do produto da Apple como referência. Assim como já existe o índice Big mac, que indica qual o valor de um Big Mac em diferentes lugares do mundo, agora existe o índice iPod - que mostra quanto o iPod custa em diferentes países, em dólar.

E adivinhem onde o iPod tem o maior preço do mundo: se você disse Brasil, acertou. A lista segue abaixo:

Preços de iPod ao redor do mundo (em US$):

1 Brazil $327.71
2 India $222.27
3 Sweden $213.03
4 Denmark $208.25
5 Belgium $205.81
6 France $205.80
7 Finland $205.80
8 Ireland $205.79
9 United Kingdom $195.04
10 Austria $192.86
11 Netherlands $192.86
12 Spain $192.86
13 Italy $192.86
14 Germany $192.46
15 China $179.84
16 South Korea $176.17
17 Switzerland $175.59
18 New Zealand $172.53
19 Australia $172.36
20 Taiwan $164.88
21 Singapore $161.25
22 Mexico $154.46
23 United States $149.00
24 Japan $147.63
25 Hong Kong $147.35
26 Canada $144.20
Source: CommSec, Apple

Como vocês podem perceber, ganhamos de longe.

Saudades da Sessão da Tarde

Que saudades da Sessão da Tarde...não essa de hoje. Essa de hoje é muito anos 2000!
Saudades dessa...

Thursday, January 18, 2007

Estudo econômico sobre a guerra no Iraque

Dois economistas do Centro de estudos conjuntos do American Enterprise Institute e do Brookings Institute, que produz conhecimento a respeito de questões regulatórias, incluindo as áreas de segurança, saúde e ambiental, Scott Wallsten e Katrina Kosec, fizeram um estudo sobre os custos econômicos da guerra no Iraque. A versão completa do estudo está aqui. A versão resumida está aqui. Para acompanhar as atualizações periódicas dos custos incorridos e evitados levados em conta no estudo, clique aqui. Veja também um estimador interativo para verificar como as mudanças nos pressupostos afetam os custos esperados futuros da guerra.
Basicamente, o que eles fizeram foi propor uma análise de custos e "benefícios" da guerra no iraque. De forma correta na minha opinião, incluíram nos custos da guerra, além do orçamento federal norte-americano alocado diretamente para a sua manutenção, custo das vidas perdidas, das feridas que tornam pessoas incapazes de contribuir novamente para a sociedade, da perda de produtividade dás pessoas que são alocadas ao exército e mobilizadas para a guerra etc.
Na parte dos benefícios, incluiu o fato de recursos das Nações Unidas não precisarem mais ser alocados para se manter as sanções ao país e o benefício de iraquianos não mais serem assassinados pelo regime de Saddam Hussein (e, portanto, contribuírem produtivamente para a economia local).
Depois, monetizaram os custos diretos e indiretos até o presente e fizeram um fluxo de caixa descontado (valor presente líquido) dos custos até 2015. Como sempre, enfatizam que seus dados são imprecisos, requerem um número imenso de pressupostos e hipóteses e não levam em conta os efeitos indiretos do conflito (como o aumento do preço do petróleo, por exemplo, ou o benefício de um regime democrático consolidado no Iraque).
É um estudo bastante interessante do ponto de vista econômico. Em uma época onde as ações governamentais americanas são analisadas sempre em termos econômicos, de custo-benefício, uma das principais, a guerra no Iraque, não tem sido nem de perto. O estudo ajuda a elucidar o que mais, além do orçamento direto, está envolvido num conflito dessas proporções e propõe um modelo bastante interessante de decisão. Se ao menos pudéssemos ser tão racionais na hora de decidir pela guerra...

Monday, January 15, 2007

The Vibes - 2 by DJ Vieira

A série The Vibes está com set novo!!
Temos quase 50 minutos de música eletrônica de qualidade, sem aquelas putz-putz que tá todo mundo cansado de ouvir.
Se quiserem provar as Vibes, cliquem aqui e depois cliquem no link da página seguinte.
Quem ouviu a primeira edição gostou...

Sunday, January 14, 2007

Principais indicadores da semana - 15 a 19 de janeiro

Os principais indicadores para a semana que entra concentram-se em Janeiro. Teremos a pesquisa Focus e o número de vendas do varejo do mês de novembro. A expectativa de uma corretora consultada é de um aumento de 7% no mês em termos sazonais. Além disso, teremos também a balança comercial semanal, o IPC-S (expectativa de 0,85%) na terça e a segunda quadrissemana do IPC-Fipe (expectativa de 1%) na quinta.
A semana também terá o anúncio dos resultados do quarto trimestre de 2006 da VCP no dia 16. Os números são importantes pois podem indicar a tendência dos lucros das empresas, que por sua vez influenciam a bolsa de valores.
Portanto, olho nos indicadores. Poderão liderar o sobe-e-desce da bolsa nesta semana.

Friday, January 12, 2007

Star Wars Kid - o filme mais engraçado de todos os tempos

Eu não sei se vocês já viram esse vídeo. Por isso vou fazer uma pequenina introdução a respeito dele.
Esse moleque é americano. Um certo dia ele gravou na escola, usando sua câmera de vídeo, sua performance como um Mestre Jedi. Para quem não sabe, os Jedis são "o lado bom da força" nos filmes da série Star Wars.
Pois bem, o vídeo foi achado por outras pessoas muito tempo depois. E colocaram-no na internet.
Veja abaixo e depois continue a ler a história:



Muito bem, agora que você já caiu no chão de tanto rir, continuo a história.
Algumas pessoas, depois que o filme caiu na internet, fizeram "edições especiais" desse vídeo, com efeitos ou mesclas dele com os filmes da série.
Eu não sei o que é mais engraçado, o original ou os "editados"!!! Você decide!



Tuesday, January 09, 2007

Macworld 2007

última atualização: 11/01, 18:05

Ao vivo da Macworld 2007.
Divirtam-se em saber os novos brinquedinhos do Sr. Jobs.
Análises das novas crianças neste espaço logo mais.

  • seguem as primeiras fotos do centro de entretenimento da Apple.

  • iPhone.

  • A Macworld Expo revelou gratas surpresas aos seguidores da Apple: um centro de entretenimento doméstico e o iPhone. Steve Jobs iniciou sua apresentação (que os Applemaníacos chamam de "Keynote", por ser feita no software da companhia similar ao Powerpoint da Microsoft) dando uma geral nos resultados de vendas de iPods, de músicas (mais de 2 milhões até agora) e de filmes, ambos pelo iTunes. A empresa não tem do que reclamar. O market share do iPod foi de 62% em novembro, quando o Zune foi lançado e abocanhou 2% somente do mercado total.

    Logo depois dos números iniciais, Jobs introduziu o Apple TV, um dispositivo wireless que é o centro de entretenimento digital doméstico da Apple. Você pode enviar, do seu mac para o dispositivo filmes, músicas, fotos, episódios de suas séries favoritas comprados no iTunes Music Store, tudo de forma wireless. Conecta-se o dispositivo à TV e voilà, agora pode-se assistir ou ver os arquivos multimídias em sua TV de alta definição. O menu de controle é bem similar ao programa FrontRow, que hoje já controla esstes conteúdos no próprio computador do usuário.

    É sempre legal ver os Keynotes de Jobs, porque ele efetivamente mostra ao público como os equipamentos funcionam (seja tudo teatralmente montado para que nada dê errado ou não; isso é o que menos importa, porque a experiência de ver funcionando é o objetivo final). Não foi diferente desta vez: pudemos ver o Apple TV transmitir para a tela alguns trailers do site da Apple (online e em tempo real, recebendo os dados do computador via wireless), pedaços de um filme e de uma série e também algumas músicas.

    Esse produto sinaliza aos competidores a intenção da Apple de entrar em "águas nunca d´antes navegadas". Dá um recado principalmente à Sony, à Philips e empresas de consumo e eletroeletrônicos em geral. E tem tudo para ser um grande sucesso. O preço de venda do set-top box é de US$ 299. O interessante seria saber qual a margem de lucro da companhia, que costuma ser relativamente baixo nos hardwares.

    Em seguida, Jobs revelou a jóia da coroa, esperada por mais de dois anos pelos fervorosos admiradores da empresa de Cupertino: o iPhone.

    Veja bem, a Apple é reconhecida pelo sua obsessão em inovar. Qualquer outra empresa já teria ficado satisfeita se tivesse sido a inventora do computador pessoal como o conhecemos, ou do mouse, ou do iPod. A Apple inventou todos eles, e revolucionou os respectivos setores. E não se satisfez. Agora, vai revolucionar o setor de telefonia. O iPhone é isso: uma revolução.

    Mudanças no blog

    Esse blog sofreu algumas alterações para melhor, acredito.
    Agora, na coluna ao lado, você verá horários de diversos lugares do mundo, já automaticamente adaptados para o horário de verão local. Começo com São Paulo e a idéia é incrementar aos poucos.
    Além disso, você verá a previsão do tempo para a Terra da Garoa, incluindo temperatura, estado do tempo e dois mapas que mostram a temperatura e as precipitações no território nacional.
    Por fim, incluí uma ferramenta interativa pra quem quiser conhecer mais sobre lugares do mundo, que eu chamo informalmente de "seção do mochileiro": uma área sobre países/cidades/continentes. Clique nos links da seção para ver o texto referente àquela área específica do país (economia, por exemplo). Comecei com Brasil. Daqui as possibilidades são infinitas.
    Dê sua sugestão de cidade/país/continente sobre o qual você gostaria de saber mais e, caso as informações estiverem disponíveis, atualizá-la-ei(...!).

    O Brasil anda muito estranho

    Lei é lei e temos que cumprir. Mas acho perigoso abrirmos precedentes jurídico-legais contra sites na internet, como aconteceu co mo You Tube. Perigoso para a democracia, a livre-iniciativa, a liberdade de opinião.
    Creio que seria o caso de mudarmos a lei então. Não dá para tolher cinco milhões de pessoas de usar um determinado serviço porque uma garotinha não quer mais ver imagens dela dando pro namorado na praia. O episódio aconteceu no segundo semestre do ano passado. Por que só agora essa decisão??
    Quantas pessoas têm seus vídeos colocados no You Tube sem o seu prévio consentimento? Não seria o caso de retirar os vídeos do ar, ao invés de despachar-se um mandado judicial fechando o site inteiro?
    O Brasil anda muito estranho.

    Monday, January 08, 2007

    Lição de Brasil

    Por J. R. Guzzo
    EXAME A tentativa dos congressistas de elevar o próprio salário é uma verdadeira aula sobre os motivos de o país ter um dos piores serviços públicos e uma das maiores concentrações de renda do mundo

    O Brasil recebe, dia após dia, lições muito claras mostrando por que cresce pouco e mal, oferece um dos piores serviços públicos do mundo e agrava a concentração de renda. O último episódio da série foi o aumento superior a 90% que deputados e senadores tentaram dar para seus próprios ganhos. O golpe foi tão descarado que acabou se metendo em dificuldades para ir adiante. A fração decente do Congresso, que vem mostrando uma força política bem superior a seu tamanho numérico, conseguiu bloquear o aumento no Supremo Tribunal Federal, numa ação liderada pelos deputados Fernando Gabeira, Raul Jungmann e Carlos Sampaio -- e agora suas excelências terão de se contentar, talvez, com um terço do que pretendiam colocar nos bolsos. Os deputados que brigam pela moralidade já tinham derrubado em 2005 o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti; pegaram agora os severinos disfarçados que presidem e formam as mesas diretoras das duas casas do Congresso. Se pudessem ter feito o que queriam, o Erário acabaria tendo de pagar cerca de 1,8 bilhão de reais, em um ano, para cobrir as despesas totais decorrentes do aumento -- um clássico, sem dúvida, na arte de transformar dinheiro publico em patrimônio pessoal de quem ganha a vida na política.

    Cada deputado, com esse aumento, passaria a um salário mensal de 24 500 reais, mais do que ganha um cidadão que exerce o mesmo ofício na Alemanha, na França ou na Inglaterra. Na verdade essa remuneração passaria dos 100 000 reais por mês, com as vantagens, os benefícios e outros anabolizantes que o Congresso foi inventando ao longo dos anos para engordar os ganhos de seus integrantes. Para os senadores, a soma mensal verdadeira chegaria perto dos 150 000 reais. Se isso não é concentração de renda explícita, o que seria? A história não ficaria por aí. Como conseqüência direta do aumento de senadores e deputados, aumentariam também, automaticamente, os salários de 1 059 deputados estaduais e mais de 51 000 vereadores. O motivo disso é uma trapaça chamada "isonomia", pela qual sempre que se dá aumento para uns tem de se dar aumento equivalente para outros. É um bonito princípio, na teoria "republicana" -- serve para garantir a indispensável igualdade de tratamento na remuneração do serviço público. Na prática da vida política nacional, transformou-se num pé-de-cabra para arrombar a porta do Erário.

    É só prestar um pouco de atenção naquele número de 1,8 bilhão de reais para ver por que a economia brasileira progride tão devagar, com tão pouco suporte público e de forma tão desigual. Bastam uma pergunta e uma resposta. Pergunta: por que o governo não contrata já, por exemplo, mais 50 000 professores para melhorar a miserável rede pública de ensino, pagando salários de 3 000 reais por mês para cada um? Resposta: porque isso iria custar 1,8 bilhão de reais por ano, dinheiro que os congressistas já teriam pego para si se tivessem conseguido. Pano extremamente rápido, como no Teatro Corisco, de Millôr Fernandes.

    Um pacote de 1,8 bilhão de reais não daria, obviamente, para resolver todos os problemas de crescimento do Brasil. Mas é justamente aí que está a marca da maldade. Como nenhuma soma, individualmente, é suficiente para renovar toda a infra-estrutura, eliminar toda a pobreza, melhorar toda a distribuição de renda e assim por diante, quem manda no poder público se sente autorizado a gastar no que lhe interessa. Já que o montante que subtrai para si não vai, sozinho, resolver em definitivo nenhuma das carências do Brasil, cada um tem uma bela desculpa aritmética para só defender o seu. O resultado é que, de 1,8 bilhão em 1,8 bilhão, uma hora acaba se chegando a dinheiro grosso -- talvez 99% de todo o dinheiro público disponível na União, quando se leva em conta que apenas 1% do Orçamento federal, hoje em dia, sobra para o investimento produtivo.

    O mesmo raciocínio se aplica à Previdência Social, aos gastos com a folha de pessoal do serviço público, ao aerolula e por aí afora. Cada vez que se fala em fazer algum corte em qualquer dessas áreas, a resposta é sempre a mesma: "Não é por aí". Essa atitude resulta da idéia, firmemente implantada no Brasil de hoje, segundo a qual todo corte de despesa pública, sobretudo na folha de pagamento, é uma aberração neoliberal. Trata-se de um passaporte doutrinário perfeito para vigarices de todos os tipos, sobretudo quando ele é apresentado em combinação com outro artigo de fé para nove entre dez das melhores (e piores) cabeças econômicas da esquerda nacional: o único problema do Brasil é a elite, responsável direta ou indiretamente por tudo que há de errado no país. Desse jeito fica uma beleza. Se só a elite é culpada, todos os demais são inocentes -- estão liberados, assim, para agir como bem entendem, bastando cada um dizer que a elite são os outros. É claro que aí não vai sobrar dinheiro para nada.

    Saturday, January 06, 2007

    Indicadores econômicos - 05/01/2007

    Segue fechamento de ativos do último dia da primeira semana de negócios em 2007.


    Aplicações Último

    Ibovespa42.245,00


    Nasdaq2.434,25


    Dólar comercial2,1520


    Dólar turismo2,2600


    Dólar paralelo2,3800


    Euro (em R$)2,7914


    Iene (em R$)0,0181


    Libra esterlina (em R$)4,1434


    CDI13,17


    CDB 3012,98


    Poupança0,70